segunda-feira, dezembro 05, 2005

Para quem goste...




Aqui fica um poema que eu acho lindo...

A minha Dor é um convento ideal
Cheio de claustros, sombras, arcarias,
Aonde a pedra tem convulsões sombrias
Tem linhas dum requinte escultural.
Os sinos têm dobres d'agonias
Ao gemer, comovidos, o seu mal...
E todos têm sons de funeral
Ao bater horas, no correr dos dias...
A minha Dor é um convento. Há lírios
Dum roxo macerado de martírios,
Tão belos como nunca os viu alguém!
Nesse triste convento aonde eu moro,
Noites e dias rezo e grito e choro!
E ninguém ouve... ninguém vê... ninguém....
Florbela Espanca

3 Comments:

At segunda-feira, 05 dezembro, 2005, Anonymous Anónimo said...

Nokinhas

“A vida para ser vivida tem de ser envolvida na vida de outra vida”
Acredita que se isto acontece então jamais vais dizer …
E ninguém ouve... ninguém vê... ninguém....
Porque alguém vais estar presente … ninguém te vai ouvir e ver a sofrer … porque tens alguém.

Gostei de “sentir” Florbela Espanca

 
At quarta-feira, 07 dezembro, 2005, Blogger Carla said...

Adorei e a foto do mosteiro da batalha tb.
Bjx e fica bem

 
At quinta-feira, 08 dezembro, 2005, Anonymous Anónimo said...

Bem....Como tu sabes adoro este poema (como quase todos da Florbela Espanca).Até porque tenho-o no meu placar de recordações, o que tu me deste já à uns anos.
Beijokas!

 

Enviar um comentário

<< Home

eXTReMe Tracker
referer referrer referers referrers http_referer
adopt your own virtual pet!